#bbnaveia O @JCAcanalha, pergunta pro Ruy quem é o verdadeiro craque da família, ele ou a irmã Fernanda? Meu voto é pra ela hein, joga mto! 4 years ago
Vamos ser sinceros, se ele estivesse 100% em forma não estaria jogando no Brasil.
A sintomática frase foi dita por Andrés Sánchez, presidente do Corinthians, em entrevista ao repórter Mauro Naves, exibida no Arena SporTVdesta terça, 17 de agosto.
A pérola foi proferida em resposta à pergunta sobre a condição física de Ronaldo, há cem dias afastado dos campos.
Eu não sou nem um pouco fã do presidente do Timão – acho um cara arrogante, despreparado e populista ao extremo – mas a frase é bem verdadeira.
E como disse pouco acima, sintomática. Com certeza absoluta se Ronaldo estivesse em forma, não digo nem na plenitude, mas em forma física aceitável, apto para a prática esportiva, seguramente não estaria jogando no Brasil.
Alguns teimam em negar, mas quando o assunto é clube o Brasil habita a segunda ou quiçá a terceira divisão do futebol mundial. Quem acompanha os principais campeonatos europeus sabe do que estou falando, a diferença de intensidade e qualidade das partidas é nítida.
Então nos resta o consolo de desfrutarmos os futuros craques em formação – vide a molecada do Santos – ou gozarmos da melancólica presença de estrelas decadentes e, em alguns casos, até barrigudas.
Quando vi que Raúl estava de saída do Real Madrid me preparei pra descer a lenha aqui no Ópio. Tudo bem que o camisa 7 está no fim da carreira, mas mesmo assim me pareceu um absurdo que o time merengue se desfizesse do segundo maior artilheiro de sua história e, pra mim, o jogador mais importante da era moderna do Real. Sem comparar o futebol, Raúl representa pra gerações mais novas o que o argentino Alfredo Di Stéfano representou com o esquadrão branco que dominou a Europa na segunda metade dos anos 50 e início dos 60.
Pode parecer exagero, mas não é. Di Stéfano comandou o Real na conquista de 5 Ligas dos Campeões, 8 Campeonatos Espanhóis, uma Copa do Rei e um Mundial de Clubes. O argentino ainda marcou 507 gols com a camisa merengue, sendo o maior artilheiro da história do time. Raúl conquistou 3 Liga dos Campeões, 6 Campeonatos Espanhóis e dois Mundiais. O camisa 7 balançou as redes 308 vezes, é o maior artilheiro do Real em competições européias e de quebra – tamanha sua identificação com o clube – ganhou a alcunha de Raúl Madrid.
Quem diz que Raúl foi um jogador comum que teve a sorte de atuar ao lado de gênios e craques como Zidane, Ronaldo e Seedorf, está muito enganado. Só defende esta posição quem não acompanhava o futebol europeu no início desta década. O que Raúl jogou na Liga dos Campeões de 2000 e 2001 é brincadeira. Inclusive na segunda edição citada, ele foi artilheiro com nada menos que 17 gols, se não me engano o recorde da competição. Por muitos anos Raúl também ostentou o título de maior artilheiro da história da Champions e em 2001 foi eleito o terceiro melhor jogador do mundo.
Há 16 anos como profissional no Real Madrid, e há 18 no clube, não entendi sua dispensa. Até ouvir seu discurso na despedida no Santiago Bernabéu.
Raúl está de saída porque quer. Porque sabe que não terá mais espaço em Madrid. Com ou sem Mourinho, seu anos de glória já foram. Mas o coração futebolista, como disse o próprio atacante, o fez buscar novos desafios, uma nova casa onde ainda pode ser útil.
Ontem, 28 de julho, Raúl foi apresentado no Schalke 04 da Alemanha. Um time de torcida enorme e fanática e que não conquista a Liga Alemã a mais de 50 anos. Cerca de duas mil pessoas estiveram presentes em sua primeira aparição na Veltins Arena.
É o fim de uma era em Madrid. Espero que ainda não seja o fim do camisa 7.
Abaixo, o discurso de despedida de Raúl no Santiago Bernabéu.
A novela chegou ao fim e Mano Menezes foi anunciado como o novo técnico da Seleção Brasileira de futebol.
A primeira opção da CBF foi Muricy Ramalho que disse não. A desculpa oficial foi que o Fluminense não liberou, mas há quem diga que o treinador mais vitorioso nos últimos anos em território tupiniquim não botou fé no famoso projeto da alta cúpula do futebol brasileiro.
Depois, o convite foi feito a Mano Menezes. Que aceitou. E hoje, 26 de julho, ele faz sua primeira convocação.
Após a Era Dunga, não há como falar nada contra Mano. Primeiramente, Mano é treinador de futebol, coisa que Dunga não era. Sem falar nas outras questões que permeiam o trabalho de um técnico de futebol, aspectos nos quais o novo gaúcho está anos luz à frente do antigo.
Eu não queria ver nem Mano nem Muricy na seleção. Admiro o trabalho dos dois e, pessoalmente, gosto muito do ex treinador do São Paulo, um cara que é sinônimo de ética no corrompido mundo da bola.
Mas em meio à minha incansável utopia, eu queria ver mesmo o Zico na seleção. O cara tem experiência de Copa do Mundo – treinou o Japão em 2006 – e fez bons trabalho na Europa, principalmente no Fenerbahçe, onde conseguiu chegar às quartas de final da Champions League.
Zico já passou pela administração Ricardo Teixeira. Fez parte da comissão técnica que foi à França, na Copa de 98. E pelo visto, já sabendo como a banda toca, não voltará a trabalhar com o monarca do futebol brasileiro.
Uruguai e Gana não foi nenhum primor de técnica, pelo contrário.
Inclusive, depois do gol de empate da Celeste, a partida ficou bem chatinha. Aquela bolinha em banho maria onde ninguém quer arriscar.
Assim foi até o início do segundo tempo da prorrogação quando os dois times se soltaram um pouco mais.
Demorou, mas valeu a pena. Se faltou técnica, sobrou emoção. Depois de mais ou menos uma hora de aborrecimento e futebol enfadonho, os minutos finais do jogo foram simplesmente alucinantes.
A confusão na área uruguaia no último lance da prorrogação, a penalidade máxima cometida por Luis Suárez e desperdiçada por Asamoah Gyan, a disputa de pênaltise, pra terminar, a cobrança à la Panenka do Loco Abreu.
Linda, corajosa e com um toque de irresponsabilidade simplesmente delicioso.
O Uruguai possui a segunda menor população dos 32 países participantes da Copa, pouco mais que 3 milhões de pessoas vivem no nosso vizinho mais simpático. E depois deste jogo, seguramente mais alguns partiram deste plano. Porque haja coração!
Realmente, Mesut Ozil não soa nada germânico. Mas o meia do Werder Bremen é genuinamente alemão, nascido em Gelsenkirchen ele carrega no nome as origens turcas, assim como seu companheiro de seleção, Serdar Tasci, nascido na cidade alemã de Esslingen.
A Seleção Alemã dirigida por Joachim Low é a cara desta nova Alemanha, renascida depois da queda do muro.A Alemanha dos imigrantes, dos filhos dos imigrantes, a Alemanha da diversidade.
Miroslav Klose, Lukas Podolski e Piotr Trochowski nasceram na Polônia e foram bem pequenos para a Alemanha. Marko Marin também ingressou ao país quando criança, mas nasceu na Bósnia.
Além de Mesut Ozil e Serdar Tasci, filhos de turcos, outros 4 jogadores nascidos na Alemanha carregam no nome e no sangue suas origens estrangeiras. Jérôme Boateng de Gana, Dennis Aogo da Nigéria, Sami Khedira da Tunísia e Mario Gómez da Espanha.
E ainda tem Cacau, paulista de Santo André que, depois de 10 anos vivendo na terra da cerveja, adotou o país como sua pátria.
Pode não ser a mais pura, mas nenhuma time poderia representar melhor o que é Alemanha hoje.
A seleção alemã que disputa a Copa na África do Sul é a Alemanha dos novos tempos!