Ligações obscuras, sentimentos escondidos…

Sei que muita gente pode achar meio fora de lugar o Asian aqui.

Mas quando vi esse clipe, da música Real Great Britain, foi imediata a ligação que fiz com a seleção francesa da Copa de 2006.

Ou pelo menos com os motivos que me levaram a torcer pela seleção champagne no mundial da Alemanha.

Aquele time francês me encantava não só pelo futebol, mas por ser tão a cara da França, a verdadeira, a dos dias de hoje.

A França argelina de Zidane, a França congolesa de Makelele.

O ritmo senegalês nos pés de Vieira, o  molejo de Guadalupe e Martinica nos gols ancestrais de Thierry Henry

A França, mesmo a branca, empobrecida e marcada, simbolizada pela cicatriz cruamente exposta de Ribéry.

A França, recortada, mutilada. A França dos retalhos costurados, dos sonhos terminados.

A mesma França que se revolta e explode em fúria, seja na cabeçada de Zidane em Materazzi, seja pelas mãos da periferia.

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