Argentina 100%

Sem muitas dificuldades, a Argentina terminou a primeira fase da Copa do Mundo com 100% de aproveitamento.

1 X 0 na Nigéria, 4 X 1 na Coréia do Sul e 2 X 0 na Grécia.

O jogo contra os gregos confirmou os 9 pontos e o primeiro lugar no Grupo B, mas também serviu para a quebra de alguns recordes.

Prestes a completar 23 anos – o melhor jogador do mundo faz aniversário amanhã, 24 de junho – Messi se tornou o capitão mais novo de uma equipe argentina na história dos mundiais.

Mas não foi a única marca.

Martín Palermo, maior artilheiro da história do Boca, balançou as redes 3 minutos após ingressar na partida. E ao 36 anos se tornou o jogador mais velho na história da Seleção Argentina a marcar um gol em uma Copa do Mundo.

A Argentina jogou o melhor futebol desta primeira fase e mostrou seu enorme poderio ofensivo. O time tem na reserva do ataque Diego Milito, Kun Aguero e Martín Palermo, pra fazer inveja em qualquer equipe do mundo.

Messi ainda não marcou. Mandou mais uma bola na trave e, outra vez, do rebote de um chute seu nasceu um dos gols argentinos.

Mesmo sem marcar, o argentino já desponta como o craque da Copa. O gol de Lionel Messi ainda vai sair, tenho certeza. E espero que seja uma daquelas obras primas a que estamos acostumados a ver no Barça. Os Deuses do Futebol sabem o que fazer e devem estar aguardando a oportunidade perfeita para o primeiro gol do melhor jogador do mundo nesta Copa da África do Sul.

Imagem: La Nacion

Adjetivando o substantivo

Não se trata de aula de gramática, o assunto é futebol, mais precisamente Lionel Messi.

Há quase 4 meses eu não escrevia no Ópio, mas hoje não pude me calar, não depois do que vi o argentino fazer no Camp Nou.

4 gols que o igualam a Rivaldo, maior artilheiro azul e grená em competições européias. 4 gols que o tornaram o 8º maior artilheiro em jogos oficiais de toda história do Barça, deixando pra trás duas lendas, o búlgaro Hristo Stoichkov e o catalão Josep Escolá, mito dos anos 30 e 40 do século passado.

Aqui no Ópio já chamei Messi de gênio, craque, monstro e até Deus um dia ousei. Mas confesso que hoje me faltam palavras, me faltam adjetivos.

Os adjetivos não se enquadram mais a Messi, não há o que dizer. Somente o som cru das palmas se chocando, do coração palpitando a cada drible, a cada passe, a cada gol.

Messi não pode mais ser chamado de craque, de gênio, de monstro. Como seus compatriotas Piazzolla, Borges e Cortázar, ele extrapolou… tornou-se maior que sua própria arte, maior que qualquer adjetivo.

Messi é o melhor, é simplesmente Messi.

Caricatura: André Fidusi

Maradona X Leda Nagle

maradona-leda_nagle-cara_de_um_fucinho_do_outro

Quem acompanha o Ópio sabe que eu não engrosso o coro daqueles que se deliciam com a possibilidade da Argentina ficar fora da Copa. Pra mim seria uma lástima para o futebol.

Também não sou daqueles que torcem para o insucesso de Diego Maradona no comando da alvi celeste. O respeito muito, afinal, Maradona foi um dos ídolos futebolísticos de minha infância e, seguramente, o melhor jogador que eu vi jogar. Com a bola nos pés era absurdamente fantástico.

Assim como também não tenho absolutamente nada contra a jornalista juiz forana Leda Nagle que, de certa forma, também fez parte dos meus anos infantis já que minha avó era uma assídua expectadora do Sem Censura, da antiga TVE do Rio, atual TV Brasil. Além de ser prima do Gabeira e dona da famosa tanguinha com a qual o primo fez sua primeira aparição nas praias brasileiras pós exílio.

Então este post é só uma brincadeira, sem maldade, sem segundas intenções.

Mas cá pra nós, que o Maradona e a Leda Nagle estão cara de um fucinho do outro, disto não tenho dúvidas.

Imagens originais: Leila Cordeiro – Diário de uma repórter e globoesporte.com